sábado, 28 de julho de 2012

convite para Imbolc


 Arte'lie di Bruxa Lathéa

convida todos para a celebração do Imbolc,
        A magia da Luz!!!
    01 de agosto 2012.
   das 20h ás 22h
Com: Bruxa Lathéa
É o pico do inverno; vamos trabalhar a luz nas trevas.
Momento para purificarmos as emoções, nos livrando de tudo que é velho e desgastado, para darmos lugar ao novo, abrindo espaço ao sagrado...amor, saúde, bem estar, prosperidade...
Faça sua inscrição: 51. 81.43.13.04 ou 51.32.19.45.39.
              Participação:R$ 30,00 reais.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Resultado da campanha do agasalho com Bruxa Lathéa



campanha do agasalho junho de 2012! meu muito obrigada a todos que compareceram!
Bruxa Lathéa

Roda do Ano Celta


A Roda do Ano Celta

A concepção de tempo dos pagãos (O termo pagão significa: povo dos bosques), principalmente a dos Celtas era um tanto quanto diferente da atual. O tempo era para eles, não linear, mas circular, cíclico; há também o calendário, que era para eles lunar, enquanto que o nosso é um calendário solar.
Originários da tradição celta, os sabbaths ocorrem oito vezes ao ano, ou seja, duas vezes a cada estação. Nessas ocasiões, são homenageadas duas divindades: a Grande Mãe, ou simplesmente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, e o Deus Cornífero, O Gamo Rei, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida selvagem.
Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos para mais um dia. O povo Celta, assim como outros povos de origem pagã, celebram o começo dos dias através do anoitecer.
Cada anoitecer nos faz lembrar que a Deusa, com sua magia e seus mistérios, reinará através da Lua, das emoções, e das intuições, mostrando-nos que enquanto os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o semear de um novo dia.
O Deus, que também descansa durante a escuridão, se prepara para um novo nascer, para um novo brilhar, para um novo amanhecer.
Esse acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer fazem do dia e da noite momentos muito preciosos e de intensa comunhão entre o masculino e feminino. É preciso que as duas polaridades estejam em perfeita sintonia para que a Natureza possa se manter equilibrada. Da mesma maneira, como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada, homens e mulheres precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir em momentos de intensa união e perfeição.
Esses momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o nascer do sol e a metade do dia, se tornam de extrema importância para magias. Da mesma forma, os momentos entre cada um desses pontos também se tornam importantes. Em um suposto tempo linear: os quatro momentos principais seriam: 6h, meia noite, 6h e meio dia; e os secundários: 9h, 3h, 9h, e 3h.
Sabendo que o universo é perfeito e que tudo que há no macrocosmos tem seu correspondente no microcosmos, muitas vezes é preciso entender o micro para alcançarmos e sentirmos a importância do macro. Para muitas pessoas fica mais fácil compreender o universo através de pequenos momentos do dia-a-dia para se ter uma real noção da extensão dos grandes momentos.
Como podemos ver existem quatro momentos do dia (24h) que são pontos vitais, e há quatro pontos secundários que são pontos de equilíbrio. No processo de imagem refletida para imagem projetada, temos no ano (365 dias) quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto, sétimo e décimo meses – dias que caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro elementos. Temos, também, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Assim nossa roda do ano esta formada e em eterna harmonia com o universo.
Esta era a maneira de pensar e agir dos Celtas, que tinham seu calendário baseado nesses oito momentos do ano, quando reuniam-se em clareiras e templos para festejar ritualisticamente essas oito datas. A cada uma delas deu-se um nome:
SabbatOito datas FestivasData - NorteData - Sul
SamhainFim e Início de um Novo Ano31 de Outubro30 de Abril
YuleSolstício de Inverno21 de Dezembro21 de Junho
ImbolcFesta do Fogo (Luz, Sol) – Noite de Brigit1º de Fevereiro1º de Agosto
Equinócio de PrimaveraOstara ou Spring – Festa da Fertilidade21 de Março21 de Setembro
BeltaneA Fogueira de Belenos - Beltane1º de Maio1º de Novembro
MidsummerSolstício de Verão21 de Junho21 de Dezembro
LughnasadhFesta da Colheita1º de Agosto1º de Fevereiro
MabonEquinócio de Outono21 de Setembro21 de Março
A Roda do Ano Celta
Samhain - O Fim e o Início de um Ano Novo para os Celtas
(31 de Outubro - Hemisfério Norte) e (30 de Abril - Hemisfério Sul)

Este é o mais importante de todos os Festivais, pois, dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início de um novo ano. Nessa noite, o véu entre o nosso mundo e o mundo dos mortos se torna mais tênue, sendo o tempo ideal para nos comunicarmos com os que já partiram.
... E o ano chega ao final! Nossos últimos alimentos são colhidos após o equinócio de outono, marcando o início dos meses em que viveremos com o que conseguimos estocar. Os alimentos fornecidos pela Grande Deusa devem agora alimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus em sua caminhada pelo "outro mundo". O raio do trovão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é a promessa do retorno do Deus através daquela que um dia foi sua amante, mas que agora será sua mãe: a Deusa. E assim o ciclo de vida, morte e renascimento volta a estabelecer o equilíbrio a Roda do Ano.
O "Outro Mundo" celta, também conhecido como o Abismo, é um lugar entre os Mundos; uma mistura de paraíso e atormentações. É o lugar no qual todos buscamos respostas para nossas perguntas mais íntimas, onde a fantasia se mistura à realidade e o consciente ao inconsciente. O Abismo é o local onde os heróis são levados para que possam confrontar seus maiores inimigos: seus próprios fantasmas. Somente vencendo esses fantasmas, que nada mais são que seus medos, preconceitos e angústias, eles poderão retornar como verdadeiros heróis.
Esta é a simbologia do Santo Graal; uma busca interior de algo que queremos erroneamente materializar neste mundo. Somente os cavaleiros que ousarem atravessar os portais do "Outro Mundo" e vencerem a si próprios serão contemplados com a plenitude do Graal.
Durante esta noite o véu que separa esses dois mundos está o mais fino possível, permitindo que espíritos do Outro Mundo atravessem o portal sem grandes dificuldades.
Por isso, a Noite dos Ancestrais é um momento de nos lembrarmos daqueles que se foram e habitam o Outro Mundo. É hora de honrarmos as pessoas que um dia amamos, deixando que elas nos visitem e comemorem conosco esse momento tão especial da Roda do Ano.
Samhain é o festival da morte e da alegria pela certeza do renascimento. O Deus morreu, e a Deusa, trazendo no ventre o seu amado, recolhe-se ao Mundo das Sombras para esperar o seu renascimento. Comemora-se aqui a ligação com os antepassados, com aqueles que já partiram e que um dia, como a natureza, renascerão. Os cristãos transformaram essa data no "Dia de Todos os Santos" e no "Dia de Finados", numa alusão supersticiosa a essa ligação.
É uma noite de alegria e festa, pois marca o início de um novo período em nossas vidas, sendo comemorado com muito ponche, bolos e doces. A cor do sabbat é o negro, sendo o Altar adornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. O vinho é substituído pela sidra ou pelo sumo de maçã. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com uma conotação de tristeza!
A Roda continua a girar para sempre. Assim, não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.

Yule - Solstício de Inverno
(21 de Dezembro - Hemisfério Norte) e (21 de Junho - Hemisfério Sul)

É desta data antiga que se originou o Natal Cristão (no Hemisfério Norte). Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria.
Este dia também é chamado Alban Arthuan (A Luz de Arthur), na tradição druida. É o tempo da morte e do renascimento. O Sol parece estar nos abandonando completamente, enquanto a noite mais longa chega até nós.
Coloque flores e frutos da época do altar. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes.
Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois esta é a antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.

Imbolc ou Candlemmas - Festa do Fogo ou Noite de Brigit 
(01 de fevereiro - Hemisfério Norte) e (01 de Agosto - Hemisfério Sul)

Imbolc quer dizer: dentro do útero. O inverno ainda não foi embora, mas por baixo da neve a vida floresce e ganha força. As coisas não acontecem diante de nossos olhos, mas já estão lá, latente, pulsando, esperando o momento certo para vir à tona. A Deusa vagarosamente recupera-se do parto, e acorda sob a energia revigorante do Sol.
Esse é o também chamado Festival das Luzes, em que se acendem velas por toda a casa, mais especialmente nas janelas, para anunciar a vinda do Sol e mostrar ao menino Deus seu caminho.
Pedidos, agradecimentos ou poesias devem ser queimados na fogueira ou no caldeirão em oferenda, no fim do ritual. O Deus está crescendo e se tornando mais forte, para trazer a Luz de volta ao mundo. É hora de pedirmos proteção para todos os jovens, em especial para nossa família e amigos. Devemos mentalizar que o Deus está conservando sempre viva dentro de nós a chama da saúde, da coragem, da ousadia e da juventude. O altar deve ser enfeitado com flores amarelas, alaranjadas ou vermelhas.

Equinócio de Primavera - Ostara - Festa da Fertilidade
(21 de Março - 
Hemisfério Norte) e (21 de Setembro - Hemisfério Sul)

Pela primeira vez no ano o dia e a noite se fazem iguais. É, portanto, uma data de equilíbrio e reflexão. Os dias escuros se vão, e a terra está pronta para ser plantada. É quando os Deus e Deusa se apaixonam, e deixam de ser mãe e filho. Nessa data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, a Donzela revigorada e cheia de vida e alegria.
O Deus é devidamente armado para sair em sua viagem no mudo das trevas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.
Ostara é o Festival em homenagem à Deusa Oster, senhora da Fertilidade, cujo símbolo é o coelho. Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa.

Beltane – A Fogueira de Belenos – Casamento do Deus e da Deusa
(01 de Maio - Hemisfério Norte) e (31 de Outubro ou 01 de Novembro - Hemisfério Sul)

Pronuncia-se Bioltuin (Be-All-Twin) É o festival do casamento entre o Deus e a Deusa, a Rainha de Maio, a Virgem.
Por ser uma data de cunho profundamente sensual, foi talvez uma das mais sincretizadas pela cristandade. Assim, as fogueiras de Beltane e o Maypole (mastro adornado com as fitas coloridas trançadas) tornaram-se as fogueiras e mastros das festas dos santos "casamenteiros" cristãos, bem como o mês de Maio foi consagrado à Virgem Maria e tido como benévolo aos casamentos. Na tradição antiga as pessoas não se casavam durante o Beltane, pois esse mês é dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.
BELTANE, em 01 de Novembro aqui no hemisfério sul, mas em 1o. de Maio nos países nórdicos berços do culto, representa a entrada do jovem Deus para a idade adulta. Incitados pelas energias da Natureza, pela força das sementes e flores que desabrocham, a Deusa e o Deus apaixonam-se. Nesta data são celebrados rituais de fertilidade e imensas fogueiras são acesas. As fogueiras de Beltane simbolizam o calor da paixão e a intensidade da interação entre a Deusa e o Deus, e a crescente fecundidade da Terra.
Belenos é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acendem duas fogueiras, pois é costume passar entre elas para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas. Se não houver espaço, duas tochas ou mesmo duas velas podem ter a mesma função.
Uma das mais belas tradições de Beltane é o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante um ritual, cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino, colocando-nos sob a proteção dos Deuses.

As Fogueiras de Beltane

Na antiga religião, antes da Igreja destruir este culto e transformá-lo no que se conhece como "bruxaria", os camponeses iam para os bosques de carvalhos à noite e acendiam enormes fogueiras para a Deusa o que tornou esta festividade conhecida como As Fogueiras de Beltane.
Nesta época, os princípios morais vigentes eram outros, a mulher era um ser livre e não havia o machismo como hoje se conhece. As sociedades eram matriarcais. Sendo assim, nesta noite de Beltane, as moças virgens e mesmo as casadas, iam para os bosques na celebração do que se chamava "O Gamo Rei" onde os rapazes copulavam com as moças sob a lua cheia guiados pelo instinto num ritual de fecundidade e vida.
As crianças que por ventura fossem geradas nesta noite eram consideradas especiais e normalmente as meninas viravam sacerdotisas e os meninos magos. O ritual era consagrado à Deusa para que esta trouxesse sempre boas colheitas através da fertilidade da terra. Embora o culto fosse predominantemente feminino, não se excluía, de forma alguma, o papel do Deus, pois, a essência de Beltane, sendo a fecundação, impunha sempre, a presença do feminino e masculino.
Sendo assim, no Beltane, os meninos tinham a sua cerimônia de passagem da adolescência para a maturidade. O rapaz personifica o Deus e a virgem, a Deusa. Na escolha de um rei, o rapaz veste a pele de um Gamo (um veado real) e desafia um gamo de verdade, o líder da manada, e luta com ele até a morte de um deles.
Se o rapaz for o vencedor, terá sido escolhido Rei representando o Deus, o Gamo Rei e terá uma noite com a Virgem que representa a Deusa onde um herdeiro será concebido. O novo herdeiro, um dia deverá disputar com o pai pelo trono. O Gamo Novo e o Gamo Velho...
O Rei Arthur passou por esta prova numa noite nas fogueiras de Beltane conforme o romance Brumas de Avalon.
Quando não era preciso escolher-se um rei, a luta com o gamo não era necessária e a tradição seguia apenas como uma representação ritual.
A tradição do Gamo Rei foi transformada, através dos tempos, e a imagem do gamo, em alguns cultos, substituída pela de qualquer animal que tivesse galhos ou chifres, sempre representando a divindade masculina do Deus que recebe os nomes de Galhudo, Cornélio, Cornudo e até mesmo Chifrudo sem ter qualquer conotação com o que a Igreja estabeleceu como "demônio do mal". Os galhos na antiguidade eram sinônimo de força e honra e não o que hoje significam.
Então, no 31 de outubro ou 01 de novembro, estaremos na Lua cheia, ao ar livre, recebendo o luar e longe de qualquer coisa feita pela mão do homem. Deveríamos fazer um círculo com pedras, ficar dentro dele e acender uma pequena fogueira. Este ritual de fertilidade vai promover mudanças na vida de todo aquele que entender o significado do Beltane. Na verdade é um louvor a Terra, à Natureza e à Mãe de todas as coisas. É uma data muito bonita e de grande significado.
Em Beltane nós nos abrimos para o Deus e a Deusa da Juventude. Não importa quanto velhos sejamos, em Beltane, sentimo-nos jovens novamente e nos unimos ao fogo da vitalidade e juventude e permitimos que esta vitalidade nos vivifique e cure.
Quando jovens talvez usássemos este tempo como uma oportunidade para conectar nossa sensualidade de um modo criativo e quando mais velhos esta conexão será obtida através da união dentro de nós mesmos, das nossas naturezas feminina e masculina. A integração entre nossos dois aspectos interiores, feminino e masculino, é o caminho da espiritualidade e Beltane representa o tempo onde podemos nos abrir amplamente para este trabalho permitindo que a natural união das polaridades ocorra naturalmente. Este é um trabalho essencialmente alquímico.

Midsummer - Solstício de Verão
(21 de Junho - Hemisfério Norte) e (21 de Dezembro - Hemisfério Sul)

Nesse dia o Sol atingiu a sua plenitude. É o dia mais longo do ano. O Deus chega ao ponto máximo de seu poder. Este é o único Sabbat em que às vezes se fazem feitiços, pois o seu poder mágico é muito grande.
É hora de pedirmos coragem, energia e saúde. Mas não devemos nos esquecer que, embora o Deus esteja em sua plenitude, é nessa hora que ele começa a declinar.
Logo Ele dará o último beijo em sua amada, a Deusa, e partirá no Barco da Morte, em busca da Terra do Verão.
Da mesma forma, devemos ser humildes para não ficarmos cegos com o brilho do sucesso e do Poder. Tudo no Universo é cíclico, devemos não só nos ligarmos à plenitude, mas também aceitar o declínio e a Morte.
Nesse dia, costuma-se fazer um círculo de pedras ou de velas vermelhas. Queimam-se flores vermelhas ou ervas solares (como a Camomila) juntamente com os pedidos no Caldeirão.
Na noite de Midsummer (o Solstício de Verão) fadas, duendes e toda a sorte de elementais correm pela terra, celebrando o fervor da vida. A data era comemorada nos tempos antigos geralmente com jogos e festivais. O corpo e o físico são reverenciados nesta data.

Lughnasadh ou Lammas - Festa da Colheita
(01 de Agosto - Hemisfério Norte) e (01 de Fevereiro - Hemisfério Sul)

Lughnasadh era tipicamente uma festa agrícola, onde se agradecia pela primeira colheita do ano. Lugh é o Deus Sol.
Na Cultura Celta, ele é o maior dos guerreiros, que derrotou os Gigantes, que exigiam sacrifícios humanos do povo. A tradição pede que sejam feitos bonecos com espigas de milho ou ramos de trigo representando os Deuses, que nesse festival são chamados Senhor e Senhora do Milho.
Nessa data deve-se agradecer a tudo o que colhemos durante o ano, sejam coisas boas ou más, pois até mesmo os problemas são veículos para a nossa evolução.
O outro nome do Sabbat é Lammas, que significa "A Massa de Lugh". Isso se deve ao costume de se colher os primeiros grãos e fazer um pão que era dividido entre todos. Os celtas faziam um pão comunitário, que era consagrado junto com o vinho e repartido dentro do círculo.
O primeiro gole de vinho e o primeiro pedaço de pão devem ser jogados dentro do Caldeirão, para serem queimados juntamente com papéis, onde serão escritos os agradecimentos, e grãos de cereais. O boneco representando o Deus do milho também é queimado, para nos lembrar de que devemos nos livrar de tudo o que é antigo e desgastado para que possamos colher uma nova vida.
Este é o primeiro dos três Sabbats da colheita. O Deus já dominou o mundo das trevas, e agora passará por leves mudanças, seu poder declinando sutilmente com o passar dos dias. Por isso, o honramos, e agradecemos pela energia dispensada sobre as colheitas.

Mabon - Autumn - Equinócio de Outono
(21 de Setembro - Hemisfério Norte) e (21 de Março - Hemisfério Sul)

Este é o segundo dos festivais da colheita (sendo Samhain o terceiro). A fraqueza do Deus já se faz sentir, e as plantações vão aos poucos desaparecendo, enquanto os estoques se enchem. Derrama-se leite sobre a terra para agradecer pela fertilidade e bondade da terra. Agora, nos fechamos, e nossos corações voltam-se para nós mesmos.
No Panteão Celta, Mabon, também conhecido como Angus, era o Deus do Amor. Nessa noite devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. Esta é a segunda colheita do ano. O Altar deve ser enfeitado com as sementes que renascerão na primavera. O chão deve ser forrado com folhas secas.
O Deus está agonizando e logo morrerá. Este é o Festival em que devemos pedir pelos que estão doentes e pelas pessoas mais velhas, que precisam de nossa ajuda e conforto. Também é nesse festival que homenageamos as nossas Antepassadas Femininas, queimando papéis com seus nomes no Caldeirão e lhes dirigindo palavras de gratidão e bênçãos.
O período negro do ano se aproxima aos poucos. É uma data especial para evocarmos espíritos familiares, guardiões e antepassados para pedir sua ajuda e aconselhamento no período mais negro da Roda, que em pouco tempo se fará presente.

Estes festivais estão associados aos Ciclos da Terra. Como complemento, temos os festivais solares(solstícios e equinócios), perfazendo assim os oito pontos da Roda do Ano.
O estudo correto dos mitos associados a cada festival, seu simbolismo e sua linguagem mágica, faz com que tenhamos contato com seus significados mais profundos, trazendo assim a verdadeira compreensão dos mistérios.
Quando travamos contato íntimo com os mitos e lendas das deidades associadas a cada festival, percebemos que não é por acaso que o deus Lugh está associado ao período da colheita outonal, existem mil verdades a serem conhecidas por trás da vivência dos festivais.
A Celebração dos Festivais que compõem a Roda do Ano Celta resgata uma ancestral prática de Mistérios, a qual possibilita aos celebrantes a compreensão dos mais profundos significados de seu simbolismo.

Termos pagãos



     Dicionário 

Antigos: os assim chamados antigos são aspectos de divindades invocadas como protetoras, ou guardiões, durante os rituais, e também a egrégora formada por ancestrais ou outros praticantes.Arte: "a grande Arte" vem do termo inglês " the Craft", que poderia também ser traduzido por a Prática, e designa o conjunto de conhecimentos e práticas dos pagãos e neopagãos, o nome que eles mesmos utilizam, ao invés de Wicca, ou Bruxaria.Charme: vem do inglês charm, que significa encantamento, é como se denomina um objeto energizado com um propósito específico, um talismã que pode atrair ou repelir coisas.Círculo Mágico: traçado no chão pelo praticante, delimita o campo de energia pessoal, centralizando a esfera de poder e protegendo contra intrusões de energias negativas e delimita o espaço sagrado onde atuarão energias usadas e entidades invocadas.Consagrar: ao tomar um objeto para uso, se torna necessário eliminar qualquer energia estranha residual que possa haver nele, e depois energiza-lo para uma função definida. Em qualquer ritual, de qualquer religião, uma consagração é a energização de um objeto para que possa efetuar um trabalho mais importante do que a sua mera função de ferramenta ou alimento, através de um simbolismo.Coven: termo inglês para Assembléia, o conjunto de praticantes da Arte que estudam e fazem rituais juntos. Na língua portuguesa se tem utilizado o termo Coeva, com o mesmo significado. Tradicionalmente, um coven pode ter qualquer número de membros menor de 13. Ao atingir 13 membros, se separam em 2, e os grupos descendentes de um núcleo formarão o que se chama de Clã.Deasil: movimento no sentido horário igual ao do Sol, realizado para aglutinar energias positivas durante um ritual.Divinação: a arte de ver o futuro, que pode ser exercida conforme talentos ou prática de cada pessoa, sendo que alguns têm o poder da clarividência, outros necessitam de instrumentos como bolas de cristal, espelhos ou poças de água, ou sistemas divinatórios mais complexos como o tarô.Elementos: as faixas energéticas primordiais, reconhecidas por médicos, filósofos, místicos e astrólogos no passado. O Fogo se refere à vontade, energia, calor; a Terra se refere à matéria, estabilidade, fertilidade; o Ar se refere ao raciocínio, comunicação e a Água se refere às emoções, espiritualidade, planos paralelos. O quinto elemento, a quintessência dos alquimistas, chamado de Éter, é o próprio espírito do homem.Encantamento ou feitiço (em inglês Spell): um ritual simplificado que aglutina elementos simbólicos da força que se quer concentrar (por exemplo cura), o objeto de ação desta força (por exemplo o doente), e elementos que por analogia se referem à esta esfera energética (por exemplo ervas curativas, o médico, luz ou um local de cura). Estando reunidos, estes elementos são objeto de expressão da vontade da bruxa através de uma invocação, ou encantamento, e assim ela transfere a força de sua vontade altamente desenvolvida e treinada para o conjunto, que por extensão no plano astral a transfere para o objeto de ação.Esbat: celebração da Lua Cheia, doze ou treze vezes ao ano, associada à grande mãe grávida, plena, doadora, extravasando energia.Familiares: todas as religiões pagãs naturais, o shamanismo e a wicca, reconhecem a existência dos chamados espíritos familiares, que normalmente se manifestam na forma de um animal com o qual o praticante tem uma sintonia, e através do qual ele tem acesso aos planos astrais. Não necessariamente é um animal doméstico, mas pessoas que moram no campo podem ter a convivência com várias espécies de animais.Invocação: pronunciada durante um ritual, uma frase ou texto que tem conteúdo definido de acordo com a formação de cada praticante, não necessariamente precisa ter um vocabulário ou língua especiais, basta que através do prana o praticante consiga em voz alta elaborar (costurar) os elementos de similaridade, proteção, ação e efeito de forma a iniciar o turbilhão de força motriz que desencadeará os resultados. De tempos imemoriais se utiliza a verdade conhecida entre os místicos, alquimistas e cabalistas, de que a palavra tem poder, portanto a expressão de uma vontade altamente desenvolvida através da palavra pode iniciar um movimento em cadeia que a torne manifesta no plano da matéria.Livro das Sombras (Book of  Shadows): conhecido na Europa também como Grimoire, é um registro pessoal de toda atividade, exercício e descobertas da Arte, feito por cada bruxa, um retrato fiel de toda uma trajetória em busca do conhecimento. O nome Livro da Sombras deriva do fato de que os corpos astrais têm a aparência de sombras, e como na linguagem antiga não havia palavras melhores para descrever o mundo astral, usou-se o termo " sombra", sem a conotação pejorativa de " falta de luz" .
Na idade moderna, o primeiro Livro das Sombras a vir a público foi o de Lady Sheba, nos EUA, em 1972, que criou uma celeuma em torno do fato destes livros serem considerados bens de família e de conteúdo sigiloso por parte dos praticantes da Arte, bem como uma busca frenética por mais literatura relacionada, por parte do público.
Magia: a arte de modificar a percepção ou a realidade por meios não físicos, pode ter vários ramos e sistemas de operação, fundamentados em bases diferentes que podem ser mais racionais ou emocionais, a que se adapte melhor a própria natureza do mago. Na prática Wicca se utiliza dois tipos de magia: a simpática (usando análogos para atrair ou direcionar energia para fins específicos) e a magia simbólica/visualização que exige um poder de concentração mais treinado (por exemplo na magia das velas, onde uma vela representa o praticante, outra a pessoa que precisa de ajuda, outras representam o dinheiro, saúde, ou outra coisa).Neopagão: nome dado aos modernos praticantes da Wicca.

Pagão: palavra usada pelos romanos para designar os camponeses, cuja religião pré cristã era mágica e politeísta.
Sabat: um dos 8 festivais do ano, datados pelas estações da natureza, marcados pelo curso do Sol, identificado como o Deus Filho, cuja vida pode ser descrita durante as celebrações do Grande Ano Pagão. Os praticantes do Hemisfério Sul se dividem em grupos que acompanham as datas dos Sabats do Hemisfério Norte, e outros grupos que invertem estas datas para que coincidam com as estações do ano, de forma que se mantenha a sintonia com os ciclos naturais.

Widdershins: movimento anti-horário, adotado para dispersar de termos Pagãos: energias negativas ou limpar o círculo após o ritual.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O gato

O gato era um dos animais mais estimados pelos Egípcios.
A Deusa Bastet era geralmente representada com aparência desse felino.
Bastet simbolizava o Amor Maternal, a ternura e a fecundidade.Era a protetora do lar e, a partir do antigo império (2686-2173 A.C).foi considerada a mãe do faraó.no entanto, seu amor materno convertia-se em ferocidade quando algum de seus filhos era atacado e, então, transformava-se em Deusa e Leoa.
Bruxa Lathéa.
51.81431304.

domingo, 8 de julho de 2012

MOMENTO SAGRADO


A Arte do Curador

É muito comum quando estamos sozinhos ouvindo uma música, lembrarmos de situações e fatos que de alguma maneira marcaram nossa vida.
Dentro de nós existe constantemente uma música, que toca ritmando o nosso modo de vida. Algumas vezes a percebemos, outras vezes desconhecemos quando ela está tocando.
Quantas vezes paramos para ouvir o som do nosso coração? E o som da nossa respiração? O som que nossos ossos e articulações fazem quando nos movimentamos? Quando piscamos os olhos ou abrimos a boca, ou quando o nosso estômago está fazendo a digestão, ou o sangue circulando.... Se juntarmos todos esses sons, teremos uma grande orquestra. Dentro de nós também existem vários cantores: a nossa criança canta, a nossa mulher, o nosso sábio e o nosso homem também cantam.
Quando paramos para perceber, é sinal de que há sons retumbantes ecoando ao extremo. Nesta hora temos dois caminhos: procurar um curador externo – um médico, um terapeuta que podem dar atenção a isso ou vou a busca do meu curador interno.
A arte do curados consiste em não só entender esta sinfonia mas também assumir a responsabilidade de ser o maestro dessa orquestra.
Lidar com todos estes movimentos que ocorrem (internos e externos), seja esta sinfonia interna ou externa, é tratar a vida como uma grande obra.
Existe um ditado: “viver é uma arte e, devemos fazer da nossa, uma bela obra”.
O curador que vai transitar por estes caminhos, do sutil ao denso, vai ter que entender que terá nas mãos pincéis, e tudo aquilo que for pintar, ficará para sempre registrado.
Ele terá que ter habilidades para transformar tudo numa bela obra de arte, seja a vida dele ou ajudando outras pessoas. Quando ele descobre a beleza que há interna e externamente ele se transforma num grande maestro da vida.
A natureza à nossa volta conspira constantemente a nosso favor. O nosso dia-a-dia é repleto de professores. Nós chamamos de mestres naturais: observar o nascer e o pôr-do-sol, um pássaro que canta, uma flor que desabrocha, uma criança que sorri, o modo como reagimos perante a uma situação. Perceber tudo isso faz parte da arte do curador.
Uma das coisas que chamam a atenção é que muitas pessoas falam bastante em ecologia, em preservação da natureza e das espécies, mas pouco se fala sobre a real importância dos ritos naturais de passagem que o planeta tem, desde solstícios e equinócios a viradas da lua. Isso são acontecimentos tão reais quanto a ação de respirar.
A cada virada de estação a natureza e tudo o que é vivo também mudam. E como fazemos parte dessa natureza, afinal somos seres vivos, quem disse que não mudamos também?
Você já parou pra pensar o que acontece com seu corpo, seu coração, sua mente e seu espírito quando essas viradas ocorrem?
Era comum, há tempos atrás, o ser humano assim como toda a natureza, honrarem este momento. Momento este que era considerado sacro (esta palavra vem do latim e significa sagrado). Este momento era sagrado.
Esta é uma palavra que pouco se conhece. Algumas pessoas dizem assim. Quando estou indo para tal lugar, é sagrado eu fazer isso.
Eu pergunto: O momento em que você dorme e acorda é sagrado? Sua casa e sagrada? Cuidar daquilo ou honrar a vida que pulsa a sua volta é sagrado? Pense nisso!
É muito comum as pessoas quererem barganhar com o sagrado. Por exemplo: pessoas fazem promessas para vários tipos de situações e dizem que se conseguirem o que foi pedido, tomarão uma determinada atitude. Elas fazem isso, geralmente na hora em que estão em apuros, aproximam-se do sagrado porque estão precisando de algo. Na maioria das vezes podemos até brincar que nem sequer cumprimentam com Bom dia! ou Boa Noite! esses santos e protetores a quem estão requisitando.
Como você se sentiria se alguém que o considera como imprescindível em sua vida, só se aproximasse na hora de barganhar algum favor?
Sthan Xannia
"Não obedeça a ordens, exceto àquelas que venham de dentro."
Osho

O culto à Deusa nos dias atuais


A reaceitação da Deusa poderia fazer muito para curar as divisões, encorajando-nos a encarar todos os aspectos da nossa natureza e a pensar profundamente antes de condenarmos alguém ou algo como mau. No entanto, o culto à Deusa não é um convite para fazermos exatamente aquilo que gostamos, pois traz consigo uma percepção da teia cósmica e de como cada ação afeta o todo e afeta a nós. Não há dogma e a única regra é não lesar ninguém, mas o ideal é que se tenha grande dose de responsabilidade pessoal.
O paganismo que, na maioria das vezes, é veneração à Deusa, está desfrutrando um renascimento considerável. Alguns caminhos pagãos têm uma estrutura tênue, ao passo que outros, como o da Wicca, são bem organizados. Todos eles exaltam a Deusa como, no mínino, igual a Deus, e até mesmo a tradição nórdica do deus Odin tem hoje uma representação paritária de divindades femininas. Além disso, há muitos pagãos radicalmente feministas que pensam na Deusa isoladamente.
Num sentido mais geral, há um número considerável de mulheres que estão procurando em imagens e histórias da Deusa uma fonte de inspiração, embora possivelmente não designem a si mesmas pelo termo pagãs. Isso não faz diferença, pois não há catecismo da Deusa para causar agonias de consciência. A Deusa aceita todos os que vêm até Ela de maneira aberta.
O culto à Deusa diz respeito àquilo que você faz e sente, diz respeito às suas verdades interiores, àquilo que o inspira, que o envia para as jornadas da alma. É uma questão de instinto, que encoraja a participação e desenvolve o misticismo. Fomos levados a pensar na religião como um conjunto de regras, com o certo e o errado claramente definidos e a punição esperando por aqueles que se desviam do caminho.
O culto à Deusa não se assemelha a isso. Descarta a necessidade de sistemas cristalizados, que em vez de criar ordem têm dado lugar a lutas. A Deusa pede que sejamos verdadeiros para conosco, de modo que possamos ser verdadeiros para com os outros e verdadeiros para com Ela. Ela abençoa nossas esperanças, deleita-se em nossos prazeres e tece no Seu tear as nossas perdas e os nossos prantos, de modo que eles criem padrões significativos e uma certa beleza.
Baseado no livro de Teresa Moorey, A Deusa
Marisa Petcov

creio nas multiplicidades...


Multiplicidades de Panteões e a Wicca


Depois de um Encontro de Neopaganismo, um gentil amigo me perguntou qual panteão eu cultuava. Respondi: “todos [força de expressão] os panteões do mundo”. A reação imediata dele foi de um susto. Não sei se ele ficou impressionado por eu ter exagerado em dizer que tenho interesse em todos os panteões ou porque misturava vários panteões, talvez, simplesmente, as duas coisas. Para tentar esclarecer a minha frase, completei: “só assim poderei conhecer os mistérios da Senhora dos 10.000 (dez mil) nomes”. Aí, ele pensativo respondeu: “não consigo cultuar vários panteões... sou preso a um só panteão...”
Há quem diga que não se deve misturar os panteões por vários motivos. Respeito a opinião de cada um, pois a escolha de celebrar os deuses é de caráter pessoal. Devido a nossa matriz cultural patriarcal e cristã, tendemos a pensar que existe um único caminho certo e verdadeiro. No entanto, não devemos esquecer das inúmeras possibilidade de caminhos e o que pode ser certo para você, pode não ser para outra pessoa. No final, cada um percorre o que escolher, seja dentro de uma tradição, covens, círculos ou em um caminho solitário. O direito de liberdade na escolha de honrar os Deuses e os panteões na qual nos identificamos ou que recebemos o chamado, é nossa.
Dito isso, prefiro estar nesta constante caminhada de conhecer vários mitos e contos de diversas Deusas e Deuses e honrá-los quando tiver afinidade e coerência, pois sei que não existem barreiras culturais, étnicas e geográficas para acessar a energia das divindades. Com os ciclos de nascimento, crescimento, declínio e morte permeando várias civilizações, nações e tribos em constante transformação, só mostra que podemos nos deparar com  as múltiplas faces da Deusa e do seu amado Consorte.  Já que, durante toda a história e em diversas culturas, aconteceram celebrações de vários aspectos do Divino Feminino e Masculino que foram perlustrados numa gama de mitologias e contos, ganhando outros epítetos e diferentes contornos nas mais variadas e distintas visões de mundo, sobrevivendo assim, através dos tempos.
Podemos lembrar também que Gerald B. Gardner, considerado o pai da Wicca moderna, escreveu em seu artigo “The Triad of the Goddess” [1]: “O nome que eu cultuo a Deusa estou proibido de dizer, Ela é conhecida pelos estudantes de mitologia e folclore por diferentes nomes. Isto inicialmente representa uma espécie de estranheza, como um número de diferentes deusas pagãs pode ser a mesma deidade? A resposta, eu sinto que pode estar em um ditado de Voltaire, "que o homem criou Deus à sua imagem." Uma frase que poucas pessoas conseguem entender”. [Tradução Livre]
Concluindo, quem nunca ouviu falar naquela famosa frase proferida por Dion Fortune “Todas as Deusas são uma só Deusa, e todos os Deuses são um só Deus”? Será que não tem um fundo de verdade?
Forseti Modig

Referências Bibliográficas
[1] http://pt.scribd.com/doc/38042722/The-Triad-of-the-Goddess-by-Gerald-Gardner

Artesanato sagrado

Fazer feitiços com as mãos, ou criar peças devocionais para altares e outras partes da casa faz parte do ofício da bruxa. A arte, é pura habilidade manual. Aproveitar os momentos de alfa na criação dos artesanatos potencializa feitiços e intenções. Bruxas modernas adoram fazer artesanatos sagrados.
Vamos aproveitar esse espaço para trocar receitas e expor nossos belos trabalhos.Mostrar artesanatos regionais e exibir boas idéias. Eu mesma, gosto de muito de reciclar objetos, preparar livro das sombras, caixas e caixotes e muitos patuas ...
 Gosto de deixar os objetos a serem feito artesanalmente  a luz da lua ou do sol antes da pintura, passar tintas mágicas abençoadas, e ainda personalizar minhas arte com cores únicas, desenhos e detalhes que coloco nas peças. Gosto de colocar pintura como feitiço em rituais.

Bordados também são maravilhosos para feitiços. Assim como esculturas, pinturas em tela, e tantas outras formas de arte onde podemos expressar nossa devoção.

espelho espelho meu...

Espelho Mágico

Esta é uma antiga prática irlandesa muito utilizada pelos camponeses. Pegue um espelho e unte-o com uma mistura de sal e limão. Aguarde uma noite de Lua Crescente e "aprisione-a" no espelho (refletindo nele sua imagem). Seu espelho estará magnetizado, sempre que quiser peça para que a Luz, que agora mora dentro dele, ilumine seus caminhos.














Magia e consagração do espelho

A pergunta da rainha das feiticeiras a seu espelho mágico no antigo conto de fadas, hoje conhecido como "Branca de Neve", é um eco de práticas tão velhas quando o próprio tempo. Como muitos dos instrumentos de magia, o espelho é um objeto inspirado na Natureza.

Os primeiros espelhos eram os lagos. Num dia tranqüilo, quando as águas não formam ondas, pode-se observar um reflexo bastante detalhado. Na tentativa de capturar esse fenômeno, poliam-se pedras e metais até que, por fim, produziu-se o vidro que, quando revestido em um dos lados com uma fina camada de prata, produzia uma superfície reflexiva perfeita – um lago perfeitamente cristalino, "congelado" para ser usado quando desejado.

Espelhos (e superfícies reflexivas) há muito dominam nossa imaginação. Há diversas referências a espelhos no folclore, assim como na magia, se bem que tais práticas estão quase que esquecidas hoje.

O simbolismo do espelho é simples e ao mesmo tempo complexo. É considerado sagrado à lua, pois, como a lua reflete a luz do sol, o espelho é um objeto reflexivo. Sendo um símbolo lunar, os espelhos utilizados em magia são geralmente de forma redonda.

Além disso, os espelhos nos permitem ver coisas que não poderíamos ver sem sua ajuda – não apenas as coisas físicas, mas também coisas mais elevadas, como as memórias de vidas passadas, visões do futuro, ou de eventos ocorrendo simultaneamente em outros locais.

A magia com espelhos provavelmente teve seu apogeu durante a Grécia Clássica e em Roma. Espelhos polidos de bronze eram utilizados em rituais de magia e cosméticos. A maioria desses espelhos era pequena e usada com as mãos.

Uma antiga técnica para induzir clarividência é refletir a luz de uma fogueira na lâmina brilhante de uma espada ou faca; o reflexo assim apanhado causava visões a quem nela se concentrava. Esta é apenas mais uma forma de magia com espelhos metálicos.

Apesar de práticas como essa ainda serem utilizadas, a maioria das práticas de magia com espelhos atualmente é feita com espelhos de vidro. Espelhos antigos não são necessariamente melhores, pois tendem a possuir imperfeições (como a perda da folha de prata), o que pode interferir. Muitas vidraçarias cortam espelhos sob medida, portanto não é impossível obter aqueles redondos.

Para rituais rápidos, pode-se até mesmo utilizar um espelho de bolso, se bem que isso é muito mais fácil para mulheres. Muitos encantamentos foram lançados enquanto uma mulher fingia retocar sua maquiagem.

Lembre-se sempre de que o espelho é uma simples ferramenta, um elo com a lua, com seu subconsciente, e por fim com a própria Natureza.

A magia costuma ser espontânea, e você deve estar preparado praticamente para tudo.


O Espelho Mágico

Obtenha um espelho redondo com diâmetro entre 35 cm e 70 cm. De preferência, deve estar acoplado a uma moldura também redonda, pintada de preto, mas isso não é fundamental.

Após obtê-lo, leve-o para casa e lave-o cuidadosamente com água. Se desejar, lave a seguir com uma infusão de artemísia, uma colher de chá para cada xícara de água. Deixe esfriar antes de usar.

Quando o espelho estiver seco, cubra sua face com um pano preto e deixe-o onde não seja tocado, até a lua cheia. Nessa noite, exponha o espelho aos raios da lua de preferência ao ar livre – pode ser pela janela, se necessário. Carregue o espelho mágico com o luar e diga as palavras abaixo ou semelhantes:

SENHORA DA LUA,
VOCÊ QUE A TUDO VÊ E TUDO SABE,
EU CONSAGRO ESTE ESPELHO COM SEUS RAIOS BRILHANTES
PARA QUE ILUMINE MINHA MAGIA E MINHA VIDA.


Traga o para dentro e pendure-o na parede leste de seu quarto, ou na sala onde pratique magia. Mantenha-o coberto quando não estiver sendo utilizado.

Exponha o espelho à lua ao menos três vezes por ano. Quando estiver empoeirado (se ficar), lave-o com uma infusão de Artemísia ou água limpa. Nunca utilize sprays à base de amônia para limpar seu espelho, pois a amônia destrói qualquer magia!

Se desejar, pode utilizar um tipo "psíquico" de óleo (como de cravo ou de noz-moscada) para desenhar um crescente na parte de trás, marcando-o assim com o símbolo da lua.

Nunca use o espelho para outras coisas que não a magia. Reserve outro espelho para uso rotineiro.

A seguir, vários encantamentos que podem ser praticados com o espelho mágico, assim como com outros.


Canto para Visões

De pé diante do espelho mágico, remova sua capa e entoe o seguinte, até que as visões surjam:

ESPELHO DO LUAR,
ESPELHO DE VIDRO,
PERMITA-ME VER
O QUE VAI ACONTECER.
REMOVA O VÉU
DIANTE DE MIM.
É O QUE DESEJO,
ASSIM SEJA!


Os melhores períodos para praticar visões em seu espelho é na aurora, no crepúsculo ou à noite.


Memória Distante

Acenda uma vela branca numa sala escura e deixe-a numa posição de modo que ilumine seu rosto diante do espelho, mas sem refleti-lo.

Diga o seguinte:

ORÁCULO DE LUZ LUNAR,
ENVIE-ME AGORA A SEGUNDA VISÃO
.

Olhe nos olhos de seu reflexo, ou logo no centro e acima deles. Gradualmente, seu reflexo irá desaparecer e você verá outro rosto; é o de uma vida passada. Será inconfundivelmente familiar a você.

Com prática, pode-se utilizar esta técnica para aprender diversas coisas sobre vidas passadas. Tente "sintonizar-se" com o rosto. Tente ver o resto do corpo, as vestes, jóias, cenários, qualquer coisa que o ajude a determinar o local e o período.

A mera visão do rosto pode detonar reações emocionais inesperadas dentro de você; preste atenção a elas e você poderá começar a ser lembrar de pessoas e eventos que estiveram trancados em sua memória distante.

Às vezes surte melhor efeito quando realizado em semi-escuridão; ajuste a quantidade de luz que ilumina seu rosto até obter os resultados desejados.


Um Encantamento Simples com Espelhos

De pé diante de seu espelho mágico, acenda duas velas idênticas com as cores apropriadas de cada lado. Com um giz de cera, ou mesmo com um batom ou tinta solúvel em água, desenhe uma runa ou um símbolo de sua necessidade. Enquanto desenha, certifique-se de que o desenho ocupará o espaço onde seu rosto será refletido. Veja o símbolo fundindo-se a seu reflexo, e saiba que assim será em sua vida.

Feche seus olhos e visualize firmemente sua necessidade, e a seguir saia da área. Essa runa deve permanecer no espelho até a manhã seguinte, quando deverá ser limpa com um pano, de preferência sem olhar para ela.


Uma Adivinhação

Apanhe um pequeno espelho redondo e mergulhe-o na água (de preferência um lago ou rio, mas uma pia ou banheira também serve). Remova-o imediatamente e observe seu reflexo. Se estiver desfigurado, cuidado! O mal pode estar conspirando contra você, ou terá de enfrentar problemas em breve. Pratique magia protetora.

Entretanto, se o reflexo estiver normal, não há problemas para o futuro.


Outra Adivinhação

Se deseja descobrir como anda uma pessoa distante, se está bem ou doente, com problemas ou em segurança, faça o seguinte em pé diante do espelho, em semi-escuridão, visualize a imagem da pessoa com a viu pela última vez; forme uma imagem o mais completa possível. Mantenha-a e aguarde qualquer alteração; uma cicatriz que se forma no rosto pode indicar dificuldades físicas; um sorriso indica felicidade, e assim por diante.

A imagem toda pode ser substituída por um símbolo, e este deve ser interpretado para determinar as condições da pessoa.

Com treino, este pode ser um bom meio para estabelecer elos ou ao menos "checar" como andam pessoas distantes.


Um Portal de Espelho

Quando sentir que o mal está em sua casa, pegue um pequeno espelho redondo. Pinte de preto a parte de trás e arrume um meio de pendurá-lo num canto próximo do teto do cômodo onde sinta que o mal está mais forte.

Se possível, pendure o espelho de modo que forme um ângulo de 45º com a parede, sua ponta mais alta levemente inclinada para o chão.

Esse espelho atuará como um "portal" pelo qual qualquer mal de sua casa passará rumo ao espaço, onde será dispersado e destruído.

Após pendurar o espelho, fique de pé na sala e visualize o mal girando a seu redor na direção anti-horária, denso e negro, como uma névoa pestilenta. Olhe então para o espelho e visualize uma grande porta se abrindo, uma porta que leva ao espaço. Veja a névoa maligna sendo sugada pelo espelho, para longe de sua casa, para longe de sua vida.

Se sentir problemas durante este encantamento, repita-o até sentir que a sala está livre de negatividade. Quando isso ocorrer (pode sentir a sala dando um suspiro de alívio depois), suba em algo que lhe permita tocar o espelho e, com o indicador de sua mão de poder, risque uma cruz de braços iguais na superfície do espelho para "trancá-lo", de modo que se torne um portal de mão única. O mal pode sair, mas não poderá regressar.

Faça a cruz movendo seu dedo indicador de cima do espelho, descendo em linha reta até a parte de baixo, erguendo a seguir o dedo e iniciando no lado esquerdo do espelho e traçando uma linha reta até o meio do lado direito.

Deixe o espelho nessa posição por pelo menos sete dias. Remova-o a seguir e limpe-o com vinagre forte ou solução de amônio para livrar-se de todas as vibrações negativas. Não pratique este encantamento com seu espelho de magia.


Visões com a Lua e Espelho

Com um espelho convexo circular, pequeno o bastante para caber em sua mão (retrovisores de carros são os mais indicados), saia ao ar livre numa noite fresca e clara, com a lua cheia em seu ponto alto no céu.

Sente-se confortavelmente e apanhe o reflexo da lua no espelho. Concentre-se no ponto de luz prateada e comece a mover vagarosamente o espelho, frações de centímetros para todos os lados, observando enquanto a imagem da lua gira e balança na superfície do espelho.

Após alguns minutos, isto o levará a um estado psíquico, desde que esteja só e nada o perturbe.


Para Melhorar a Aparência

Fique de pé diante de seu espelho mágico, só e nu. Se possível, cada parte de seu corpo que precisa de melhorias deverá estar visível. Isto requer um espelho grande, com ao menos 70 cm de diâmetro.

Fite seu reflexo à luz difusa de uma vela. Estude-o, inspecione-o, enquanto diz:

TRANSPARENTE COMO CRISTAL,
TRANSPARENTE COMO O AR.
FAÇA COM QUE MINHAS FORMAS SEJAM
BELAS E FORMOSAS.


A seguir, com seus poderes de visualização, comece a formar um novo corpo. Livre-se das rugas. Elimine as gorduras. Aumente os músculos. Efetue mentalmente todas as mudança que gostaria de ver em seu corpo.

Mantenha essa visão o mais que puder, por cerca de treze minutos. Depois, olhe novamente para seu corpo e diga as seguintes palavras uma vez mais:

TRANSPARENTE COMO CRISTAL,
TRANSPARENTE COMO O AR.
FAÇA COM QUE MINHAS FORMAS SEJAM
BELAS E FORMOSAS.


Repita este encantamento todas as manhãs e noites, reforçando-o com exercícios, dietas e o que mais o ajudar a atingir seu objetivo.


O Encantamento da Devolução

Se sentir que o mal está sendo direcionado a você, a partir de pessoas ou entidades conhecidas ou não, pode utilizar este encantamento. Mesmo se não tiver certeza de que alguém está tentando machucá-lo, pratique este ritual, por via das dúvidas.

Ponha um pequeno espelho redondo (não o seu espelho mágico) encostado numa parede, ou num suporte que o deixe paralelo à parede. Diante dele, coloque uma vela preta num suporte simples. Certifique-se de que a vela se reflete no espelho.

Em seguida, coloque uma vela branca longe do espelho (de preferência onde não seja refletida) e acenda-a. Isto assegura que a vela preta não atrairá forças malignas.

Agora, diante do espelho e da vela preta, acenda um fósforo e entoe, enquanto acende a vela:

PRETO, PRETO
AFASTE O MAL.


Repita estas palavras enquanto olha para a vela por alguns momentos, deixando a sala em seguida.

Após uma hora, apague a chama da vela (sem utilizar seus dedos – use um abafador de velas ou a lâmina de uma faca) e guarde o espelho e a vela. Apague a seguir a vela branca e guarde-a fora de seu campo de visão. Repita o encantamento por sete noites ou até sentir que o mal foi afastado.

Este encantamento devolve quaisquer forças malignas que lhe tenham sido direcionadas àqueles que as enviaram. É apenas uma medida defensiva.


O Encantamento com a Moeda e o Caldeirão

Este é um vestígio da magia com espelhos metálicos praticada por nossos ancestrais. O "espelho" aqui será uma grande moeda de prata. Leve-o, bem como a moeda, ao ar livre, num local onde não venha a ser perturbado.

Ponha o caldeirão ou recipiente no chão. Erguendo a moeda à lua, diga:

SENHORA DA LUZ
SENHORA DA NOITE
FORTALEÇA MINHA VISÃO
NESTE RITO.


Ponha a moeda dentro d’água. Quando se ajustar no fundo do caldeirão, mova-o até que a moeda reflita a luz da lua. Parecerá ser um brilhante objeto redondo em meio à escuridão do interior do caldeirão.

Sentado ou ajoelhado confortavelmente, observe a moeda com olhos semi abertos. Surgirá então a segunda visão.


O Espelho Quebrado

Quebre um espelho e você terá sete ano de azar, certo? Isto é o que diz a superstição.

Na verdade, mesmo havendo muitas explicações para este mal-entendido, uma das mais sensatas (na mentalidade da magia) é a de que você terá que comprar um novo espelho! No século XIV, os primeiros espelhos modernos, quebráveis, foram produzidos em Veneza. Eram muito caros. Pode-se imaginar o futuro de um serviçal que acidentalmente quebrasse um espelho. Sem dúvida, seu mestre lhe causaria muito azar!

Se quebrar seu espelho mágico, ou qualquer outro, não se preocupe. Ainda será útil em magia. Colete cuidadosamente todos os fragmentos grandes e coloque-os numa grande jarra de vidro. Varra o pó do espelho e jogue também dentro da jarra, tampando firmemente em seguida e deixando a jarra numa janela ensolarada da casa.

Isto automaticamente afastará o mal e as influências negativas de sua casa, pois cada um dos milhares de fragmentos atuarão como espelhos protetores.

Mantenha a jarra bem limpa e ela lhe servirá bem. Se desejar, cole um pequeno espelho redondo na tampa da jarra.

Após terminar, compre um novo espelho e prepare-o para assegurar-se de que terá um quando necessário.

Fonte: 'Magia Natural: Rituais e Encantamentos da Tradição', de Scott Cunningham